terça-feira, 25 de agosto de 2009

Batizado 2009

Salve capoeiras!

Acabou de acontecer em São Vicente nos dias 21, 22 e 23 de agosto o Evento do Grupo Equilíbrio que reuniu o pessoal de Santos, São Vicente e São Paulo para mais esse momento histórico e emocionante, que incluiu uma roda de capoeira, curso com Mestre Toni Vargas (Centro Cultural Senzala), X festival de Música e ao final o Batizado 2009.

O evento começou na sexta-feira, dia 21, com uma roda na academia Santana onde tivemos a honra de jogar ao som de Mestre Toni Vargas e ao final ouvirmos um pouco de sua vivência na capoeira abrindo espaço para perguntas.




No sábado, dia 22, o dia iniciou às 09:00 com a primeira parte do curso "Capoeira: Música e Movimento" com o Mestre Toni Vargas passando um pouco de sua experiência em 42 anos de capoeira para nós, rolou ciranda, movimentação, musicalidade e claro, uma roda de capoeira.





Ao final da primeira parte fomos almoçar e em seguida o pessoal já partiu para um futebol "para relaxar".

Na sequencia iniciou-se a segunda parte do curso Mestre Toni Vargas dividiu mais conhecimento para os capoeiristas presentes com mais movimentos, musicalidade, mais roda e no final um espaço para perguntas ao Mestre!





Às 19:00 nos reunimos no Espetinho na Biquinha para o "X Festival de Música do Grupo Equilíbrio" onde os participantes mandaram muito bem nas letras, cantando e tocando e o coro ajudando demais com muito axé! Mais uma vez a honra de ter o Mestre Toni Vargas presente, agora como jurado!



No domingo, dia 23, foi o batizado e troca de cordões da rapaziada, no clube Tumiaru!
O pessoal chegou ás 09:00 para arrumar o local e realizar o último ensaio, dando início ao batizado lá pelas 10:00.
Nesse dia tivemos ainda mais honras, a participação novamente de Mestre Toni Vargas e os capoeiristas convidados: Mestre Parada (Movimentos - Mestre de Mestre Eduardo), Mestre Caco (Capoeira Anca), Formada Sara (Monte Serrat), Instrutora Inara (Aruanda), Instrutor Sorriso, Instrutora Kelly (Nova Visão), Contra-Mestre Jimmy (Nova Visão) e ainda a presença de Mestre Sombra (Senzala de Santos - Mestre de Mestre Parada).





Parabéns ao Grupo Equilíbrio por mais essa realização e parabéns à Contra-Mestre Kátia, qeu foi a responsável por poder ter essa vivência tão rica, emocionante e com certeza muito marcante!

Para fechar deixo aqui um trecho de uma das músicas do Mestre Toni Vargas que com certeza diz um pouco do sentimento que esse evento deixou em todos nós:

"A saudade, no coração de um capoeira, é igual a uma rasteira, faz o berimbau parar, ou então faz tocar um toque de angola, onde o capoeira chora, mesmo sem querer chorar..."

Axé, muito axé!!!

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Mestre Toni Vargas

Salve capoeiras!
Está chegando o evento do Grupo Equilíbrio em 2009 com o Mestre Toni Vargas convidado.
Para isso, vamos falar um pouco aqui de quem é Mestre Toni Vargas.





“É muito difícil dizer o que a capoeira significa em minha vida porque ela se confunde com a minha própria vida. Tudo que fiz, faço e sou, parte da capoeira e para ela retorna.”

Toni Vargas.



Antonio César de Vargas, nasceu em 5 de abril de 1958, começou capoeira em 1968 com o Mestre Rony (do Grupo Palmares de Capoeira). Depois foi aluno do Mestre Touro, do grupo corda Bamba, na qual teve a honra de ser Cordel Azul. Em 1977 ingressou no grupo senzala para ser aluno do Mestre Peixinho que o formou com a corda vermelha em 1985.

É formado em ed. física e pós-graduado em dança. Participou de diversos discos e tem músicas gravadas em vários CD´S e desenvolve um trabalho com crianças e coordena uma instituição de educação infantil. Mestre Tony Vargas é um dos maiores poetas da capoeira - foi homenageado pela Superliga Brasileira de Capoeira como um dos melhores do século em Curitiba - PR pelo Mestre Burguês em 09/09/2000. (Fonte: Portal Capoeira)


O Início

"Morei no Engenho de Dentro, subúrbio do Rio. Lá, eu tinha um grupo de amigos muito especiais: nós éramos mais que amigos, éramos irmãos de capoeira e de farra nas rodas da vida. Ali, eu vivi meus encontros mais espontâneos com a capoeira, o lado moleque, a vadiação, o treino na terra, sem mestre, sem nada. O prazer de cantar e tocar berimbau à vontade (naquela época para tocar em uma roda tinha que ser bamba), o prazer de descobrir na capoeira uma saída para a nossa pobreza, para os conflitos da adolescência, para inaugurar um estilo de viver. Meus amigos eram negros e eu também. Eu era “Black Power”. Minha dança era negra, minhas namoradas eram negras e o que eu mais amava - a capoeira - era negra.

Entrei na capoeira aos 10 anos, com Mestre Rony, do Grupo Palmares de Capoeira, em um bairro da Zona Norte do Rio de Janeiro. Foi a chance da minha vida. Infelizmente, ele já se foi. E seu final foi de miséria, loucura e dor como, aliás, o de muitos que ajudaram a capoeira e não puderam ter um final digno. Creio que seja responsabilidade de todos os capoeiristas lutarmos para que, hoje em dia, isso não mais aconteça.

Nos meados dos anos 70, passei a praticar capoeira no bairro da Penha, subúrbio do Rio de Janeiro, com Mestre Touro - Grupo Corda Bamba. Ele foi meu segundo mestre. No grupo Corda Bamba, eu tive a oportunidade de conhecer grandes mestres. E, certamente, beber o axé de Mestre Touro, foi fundamental na minha história de capoeira.

Com o mestre Leopoldina eu não tive a honra de treinar, mas considero-me um pouco seu aluno. O mestre é daqueles que, parado ao seu lado, já está te ensinando. Eu, sempre que posso, fico ali “aprendendo de estar do lado”. Aliás, antigamente era assim, não havia um ensino sistemático da capoeira, não havia métodos e nem didáticas. Era seguir o mestre, ficar atento, e procurar transformar aquilo em alguma coisa sua. O mestre Leopoldina quando canta, toca ou joga, ensina. Quando conta suas incríveis histórias, ensina. Quando sorri ou nos recebe em sua casa, ensina. Enfim, o mestre não precisa dar aulas para ensinar: ele é o próprio ensinamento." (Fonte: Mestre Toni Vargas)

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Besouro Cordão De Ouro

Salve capoieiras!

Como muitos já devem saber, está para ser lançado o filme de Besouro Mangangá. Porém já houve uma apresentação teatral com o nome "Besouro Cordão de Ouro" em 2006 no Centro Cultural Banco do Brasil - CCBB Rio de Janeiro.

O espetáculo se baseia na história de um mestre capoeirista do início do século XX para recriar o clima e a cultura dos rituais afro-brasileiros.

Manoel Henrique Pereira, nascido em 1885 e conhecido como o capoeirista Besouro Mangangá, ou simplesmente Cordão-de-Ouro, é citado no livro Mar Morto, de Jorge Amado. O interesse pela personagem faz o compositor e letrista Paulo César Pinheiro empreender uma pesquisa que leva ao texto teatral e à composição de dez músicas para o espetáculo, cada uma delas homenageando um toque de berimbau da capoeira.

'A peça busca preservar o caráter lendário, fazendo a história de Besouro desfilar ao sabor dos relatos de outros célebres capoeiristas, que levaram adiante o seu legado de arte e irreverência', diz o texto do programa. A história do capoeirista não é contada em forma de uma biografia linear, mas por meio de pequenas narrativas, causos, cantos e dança.

João das Neves, é ex-integrante do Grupo Opinião e um dos símbolos do teatro de resistência ao regime militar nos anos 1960. Ele dirige o espetáculo que, por intermédio do protagonista, dá voz à cultura brasileira de origem africana. A sonoplastia ao vivo utiliza um violão e instrumentos de percussão - berimbau, atabaque, pandeiro, agogô e apito.

Com um subtítulo que afirma que o espetáculo é 'um dos mais emocionantes e bonitos da temporada', a crítica Barbara Heliodora do jornal O Globo comenta: "A direção de João das Neves (com assistência de Bya Braga) tem o grande mérito de preservar o talento inato de seus intérpretes, com marcas que favorecem a imagem do espontâneo e um contato próximo porém não invasivo com o público, que se sente a todo momento provocado a acompanhar o ritmo com palmas. Nada poderia ilustrar tão bem a disseminação do mito de Besouro quanto o momento em que todos os elementos do enredo masculino contam, ao mesmo tempo, diferentes histórias de sua vida. É um trabalho excepcional. (...) Besouro Cordão-de-Ouro é um momento precioso do teatro e da descoberta do Brasil..."
(Trecho retirado do site Itau cultural)


Vou colocar aqui alguns trechos dessa apresentação:








Trecho do espetáculo Besouro Cordão de Ouro, gravado no Centro Cultural Banco do Brasil - CCBB, no Rio de Janeiro.

Com: Alan Rocha, Anna Paula Black, Cridemar Aquino, Gilberto Santos da Silva Laborio, Iléa Ferraz
Letícia Soares, Marcelo Capobiango, Mauricio Tizumba, Raphael Sil, Sérgio Pererê, Valéria Monã, Victor Alvim Lobisomem, Willian de Paula, Wilson Rabelo

Texto e Música: Paulo César Pinheiro
Direção: João das Neves
Direção Musical: Luciana Rabello


Axé, muito axé!

03 de Agosto: Dia do Capoeirista

Parabéns a todos os capoeiristas!!!
Hoje é nosso dia, que muito axé seja esplalhado em todos os cantos desse mundo!!!
Que a energia boa de cada roda da capoeira se transmita de uma para outra e a capoeira fique cada vez mais forte e unida!!!

Historicamente, não encontrei nada que indique o por que do dia 03 de agosto ser a data escolhida, só encontrei a publicação da lei:

DIA DO CAPOEIRISTA
Lei nº 4.649, de 07 de Agosto de 1985
Institui o "Dia do Capoeirista",
a ser comemorado anualmente,
no dia 3 de agosto,
O GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO:
Faço saber que a Assembléia Legislativa
decreta e eu promulgo a seguinte Lei:
Artigo 1º - Fica instituído o "Dia do Capoeirista",
a ser comemorado, anualmente, no dia 03 de Agosto.
Artigo 2º - Esta Lei entrará em vigor na data
de sua publicação. Palácio dos Bandeirantes,
07 de agosto de 1985.
FRANCO MONTORO
Publicada na Assessoria Técnico-Legislativo,
aos 7 de agosto de 1985.


Um salve a todos os capoeiristas!
Iê!!!