sexta-feira, 29 de maio de 2009

Casa de Barro

Salve rapaziada!


Primeira notícia da Casa de Barro, Jornal do Cambuci & Aclimação (15/05/2009 a 21/05/2009).





Aclimed Clínica Médica Aclimação, inicia um projeto de responsabilidade social.
Casa de Barro - Rubens Negreiros Peixoto
"Mãos dadas ao futuro! Indivíduos para sociedade!"
Em meados de abril de 2009, iniciou-se na Rua Antonio Tavares 152, esquina com a Rua Paulo Orozimbo, as obras em um imóvel onde será aberta uma ONG destinada a inclusão social de crianças de diversas idades, as quais terão acesso a cultura, educação e esportes, através de aulas de capoeira, línguas, informática, música e muito mais...
A idéia é da família Sobral que busca "tirar crianças e jovens das Ruas e colocá-los em um espaço com atividades que lhes ofereça harmonia, conhecimento educação. O cirurgião Marcelo Sobral diz: "Ao nosso ver, o barro é a matéria prima e o que vem depois é moldado pelo homem, através de sua experiência, buscandoa forma ideal. Simbolicamente, as crianças seriam o barro e cada um de nós teríamos a condição de transmitir e trocar experiências, agregando e transformando estas crianças em indivíduos e cidadãos bem estruturados para o futuro. O barro também tem outras características quetem tudo aver com este projeto. É uma coisa da terra, uma coisa nossa, natural e que agrega em si um valor da nossa cultura nacional, o que fortalece ainda mais o conceito: "Casa de Barro - Mãos dadas ao futuro! Indivíduos para a sociedade!"

terça-feira, 19 de maio de 2009

II Forum Mundial de Capoeira



II FÓRUM MUNDIAL DE CAPOEIRA
II WORLD CAPOEIRA FORUM
Baku, Azerbaijão, 4 e 5 de julho de 2009.

UNIFICAÇÃO MUNDIAL E FORTALECIMENTO DA CAPOEIRA
Rumo ao Comitê Olímpico Internacional
UNIFICATION OF CAPOEIRA - STRENGTHENING WORLD
For the International Olympic Committee

Prezados Presidentes de Federações Nacionais, Estaduais, Ligas e Entidades de prática Dirigentes da FICA, Mestres, Docentes, Alunos e Simpatizantes

É com muita alegria e respeito e comunicamos a todos a realização do II FÓRUM MUNDIAL DE CAPOEIRA que será realizado na Cidade de Baku, no dias 04 e 05 de julho de 2009, com o apoio da Federação de Capoeira do Azerbaijão (Eurasia). Trata-se de um evento da máxima relevância para a organização mundial da Capoeira.

Neste encontro promoveremos a UNIFICAÇÃO MUNDIAL dos procedimentos técnicos, culturais, desportivos e educacionas da Capoeira, assim como também serão assinados protocolos administrativos requeridos pelo Comitê Olímpico Internacional. Esta ação se faz necessária em função da aprovação da candidatura do Brasil para sediar os Jogos Olímpicos de 2016. E como nunca houve Jogos Olímpicos na América Latina, esta será a grande oportunidade para Capoeira se unir, se fotalecer e difundir uma cultura de paz entre os povos, se destacando ainda mais no cenário mundial, todavia precisaremos estar organizados.
Para maiores informações sobre inscrições e as pautas de discussões, solicitamos acessar o blog: http://ii-forum-mundial.blogspot.com .

Sabemos que iremos enfrentar críticas, todas serão muito bem vindas. Não somos os donos da verdade. Apenas desejamos um futuro melhor para a Capoeira.

Com nossos respeitos,

Prof. Sergio Luiz de Souza Vieira - Pós-Ph.D.
Federação Internacional de Capoeira - FICA
http://www.capoeira-fica.org/
http://prof-sergio-vieira-pres-fica.blogspot.com/
http://saladepesquisacapoeira.blogspot.com/

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Princesa Isabel

Para complementar o último post...

Em 13 de maio de 1888, num domingo, aconteceram as últimas votações de um projeto de abolição total. Certa da vitória, a regente desceu de Petrópolis, cidade serrana, para aguardar no Paço Imperial o momento de assinar a Lei Áurea. Usou uma pena de ouro especialmente confeccionada para a ocasião, recebendo a aclamação do povo do Rio de Janeiro. O Jornal da Tarde, de 15 de maio de 1888, noticiou que "o povo que se aglomerava em frente do Paço, ao saber que já estava sancionada a grande Lei, chamou Sua Alteza, que aparecendo à janela, foi saudada por estrepitosos vivas." As galerias do Paço estavam repletas, e sob vivas e aplausos de uma multidão estamada em 10 mil pessoas, Isabel sancionou a Lei aprovada pelo Parlamento do Império. O jornalista mulato José do Patrocínio, aliado da Coroa, invadiu o recinto sem que ninguém conseguisse detê-lo e atirou-se aos pés da Princesa Regente em prantos de gratidão. Isabel dava provas, de que seu reino era, sim, deste mundo, contrariando a ironia do conselheiro Saraiva que afirmara justamente o contrário, zombando do sentimento profundamente cristão de Isabel . A história há de fazer sempre justiça à "Princesa Redentora", título que lhe atribuiu José do Patrocínio, pois ela demonstrou no processo abolicionista firmeza, coragem e, sobretudo, nobre desapego ao cargo, o qual - lhe previniram - haveria de ser dela tomado pela reação inevitável dos altos e egoísticos interesses escravocratas contrariados, tudo conforme relata o livro Dom Pedro II e a Princesa Isabel, da Editora Lorenz, onde consta memorável testemunho do nobre abolicionista Joaquim Nabuco: " No dia em que a Princesa Imperial se decidiu ao seu grande golpe de humanidade, sabia tudo o que arriscava. A raça que ia libertar não tinha para lhe dar senão o seu sangue, e ela não o queria nunca para cimentar o trono de seu filho. A classe proprietária ameaçava passar-se toda para a República, seu pai parecia estar morimbundo em Milão, era provável a mudança de reino durante a crise , e ela não hesitou: uma voz interior disse-lhe que um grande dever tem que ser cumprido, ou um grande sacrifício que ser aceito. Se a Monarquia pudesse sobreviver à abolição, esta seria o apanágio. Se sucumbisse, seria o seu testamento..."
Em 28 de setembro o Papa Leão XIII lhe remeteu a comenda da Rosa de Ouro, como reconhecimento pela Abolição da Escravatura. Essa comenda pontifícia simboliza o reconhecimento do Papa a algum feito notável e que mereça regozijo de toda a Igreja. A Princesa Isabel foi a única personalidade brasileira a receber a Rosa de Ouro. Ou outros dois exemplares foram dedicados à Basílica de Nossa Senhora Aparecida pelos Papas Paulo VI (1965) e Bento XVI (2007).
Mas a elite cafeeira não aceitava a abolição. Cotegipe, ao cumprimentar a princesa, vaticinou: "Vossa Alteza libertou uma raça, mas perdeu o trono". Mas a Princesa não hesitou em responder: "Mil tronos eu tivesse, mil tronos eu daria para libertar os escravos do Brasil"
De pensamento arrojado para sua época, Dona Isabel era partidária de idéias modernas, como o sufrágio feminino e a reforma agrária. Documentos recentemente descobertos revelam que a princesa estudou indenizar os ex-escravos com recursos do Banco Mauá. (Wikipedia)

Axé!

quarta-feira, 13 de maio de 2009

13 de Maio.


O 13 de maio, por tratar-se do 133º dia do ano é considerado pelas ordens secretas, esotéricas, filosóficas e místicas como sendo uma proporção áurea do ano, esse dia de interesse histórico para a monarquia efemérides monárquicas coincide também com a aparição de Nossa Senhora de Fátima, com o nascimento de Dom João VI e sanção da Lei Áurea assinado por sua neta a Princesa Isabel.

Consequências:
Foram libertados, pela Lei Áurea, um total de escravos que não chegou a um milhão, para uma população total de quinze milhões de brasileiros. O número de escravos havia diminuido muito nas décadas anteriores à Abolição, devido à abolição do tráfico de escravos em 1850 pela Lei Eusébio de Queirós, à varíola, à Guerra do Paraguai, à Lei do Ventre Livre e à Lei dos Sexagenários.
A Lei Áurea foi precedida pela Lei do Ventre Livre de 28 de Setembro de 1871, que libertou todas as crianças nascidas, e que previa indenização aos fazendeiros, o que não foi cumprido, e pela lei do sexagenário, que libertou em 1885 todos os negros maiores de 65 anos de idade.
Foi a formalização desse ato, a assinatura da Lei Áurea, no dia 13 de maio de 1888 que finalmente deu por fim a qualquer exploração da mão-de-obra escrava no Brasil. A Abolição foi amplamente apoiada pela maçonaria do Brasil, fortemente opositora dos fazendeiros católicos. Assim, em geral, todos os políticos que tiveram seu nome ligado à leis abolicionistas foram maçons como o membro do Supremo Conselho do Grau 33 Eusébio de Queirós e o grão-mestre visconde do Rio Branco, responsável pela lei do ventre livre.
Ambas as leis foram aprovadas por Isabel quando seu pai estava na Europa. Pela segunda ela foi premiada com a comenda Rosa de Ouro pelo Papa Leão XIII.
Logo após assinar a Lei Áurea, ao cumprimentar a Princesa Isabel, João Maurício Wanderley, Barão de Cotejipe, único a votar contra o projeto de abolição, profetizou: "A senhora acabou de redimir uma raça e perder o trono".
Durante o longo processo de discussão das leis abolicionistas, a opinião pública e a classe política se dividiram entre os que eram totalmente favoráveis à abolição, os que eram contrários, e um grupo intermediário que queria uma abolição gradativa para não haver uma imediata crise na lavoura por falta de mão-de-obra, chamada, na época, de "falta de braços para a lavoura" e grandes prejuízos para os fazendeiros, esta última posição defendida, entre outros, pelo deputado geral e escritor José de Alencar.
A lei foi apoiada por todos os líderes afrodescendentes da época, chamados então de "Pretos", como José do Patrocínio e André Rebouças, mas ainda não deixou de provocar polêmicas. Críticos afirmam que deu liberdades aos negros e mulatos mas não lhes garantiu alguns direitos fundamentais, como acesso à terra e à moradia, que os permitissem exercer uma cidadania de fato.
Ao contrário, a falta de uma legislação complementar que vislumbrasse tal problemática contribuiu por condenar amplas camadas populares à exclusão social - problema que só se agravaria com o passar do tempo. E do ponto de vista dos fazendeiros, a crítica foi no sentido de que estes não foram indenizados tendo imenso prejuízos especiamente os pequenos proprietários de terra que não tinham acesso a mão de obra de imigrantes. Porém, documentos recentementes descobertos revelam que a princesa estudou indenizar os ex-escravos com recursos do estinto Banco Mauá e realizar uma ampla reforma agrária.
Rui Barbosa, quando ministro da fazenda do governo Deodoro da Fonseca, ordenou a destruição de todas os livros de matrículas de escravos pois temia ações na justiça visando indenização dos proprietários de escravos.
A Abolição, segundo alguns pesquisadores, teria sido fruto de um estado semi-insurrecional que ameaçava a ordem imperial e escravista. Tal interpretação acentua o caráter ativo, e não passivo, das populações escravizadas.
Além disso, se durante muito tempo a Lei Áurea foi vista como um ato generoso de uma Princesa que seguia os propósitos abolicionistas de seu pai o Imperador D. Pedro II, a historiografia brasileira mais recente - através por exemplo dos trabalhos de Silvia Hunold Lara e Sidney Chalhoub - tem acentuado as rebeliões de escravos que estavam se generalizando no País, gerando quilombos por toda a parte. (Wikipedia: A enciclopédia livre)

O Brasil foi o último país das Américas a acabar com a escravidão.

Em 1761 Portugal e Índia realizam a abolição da escravatura.

Em 1980 a Mauritâna realiza a abolição da escravatura.

Entre os séculos XVI e XIX, trouxe no tráfico de escravos africanos cerca de 3,6 milhões de pessoas compradas. (Memory of the world UNESCO)

Para quem quiser, o filme "Quanto vale ou é por quilo?" de Sérgio Bianchi, fala sobre a escravidão e faz alguns paralelos com nossa sociedade atual, vale muito a pena ver.

Axé!

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Mestre Waldemar da Paixão

"Na vadiação,
a capoeira se juntou com o berimbau
P'ra festejar a aliança
DA PAIXÃO, Waldemar
pintou o arco musical
(ah! essa negra mania baiana
de tudo enfeitar
de tudo misturar)!
de repente, assim:
a cor e o som
cabaça
em suas mãos
Odora!
O berimbau se transformou
no arco-íris musical.
Texto: Fred Abreu

Mestre Waldemar. Da Paixão, da Liberdade, da Avenida Peixe, capoeirista conhecido pelos seus berimbaus coloridos e por sua voz inconfundível. Iniciou na capoeira com 20 anos de idade, em 1936, foi aluno de Canário Pardo, Periperi, Talabi, Siri de Mangue e Ricardo de Ilha de Maré. Começou a ensinar capoeira em 1940, na Estrada da Liberdade, no inicio era ao ar livre e depois passou para um barracão de palha que ele mesmo construiu. O local virou ponto de encontro dos capoeiristas baianos, e aos poucos a roda de mestre Waldemar foi se tornando muito famosa e todos os capoeiristas da Bahia iam lá jogar. No livro Bahia: imagens da terra e do povo, publicado em 1964, Odorico Tavares assim descreve uma roda de Waldemar no Domingo a tarde, no Corta Braço, na Estrada das Boiadas, destacando a qualidade do mestre como cantador: "Com os tocadores ao seu lado o mestre levanta a voz, iniciando o canto. Os jogadores, em número de dois, estão de cócoras, à sua frente. É lenta a toada que o mestre canta , como solista e já os capoeiristas acompanham-no em movimentos mais lentos ainda, como cobras que começam a mover-se: olhe o visitante atentamente, como aqueles homens nem ossos tivessem, seus membros parecem que recebem um impulso quase insensível, de dentro para fora.(...) Os homens não se tocam para defesa e ataques que se sucedem em imprevistos de segundos. Ë um milagres em que a violência de um ataque resulte em outro ataque, em que ninguém se toca, ninguém se fere, ninguém se agride. É combate, é baile que dura horas."

Mestre Waldemar sempre procurou um bom convívio com todos os capoeiristas recebendo todos em seu barracão com muito respeito e também sendo muito respeitado. O seu reconhecimento com mestre evitava conflitos provocados pelos chamados 'valentões'. Sobre esses conflitos Waldemar nos conta: "Barulho eu nunca tive com ninguém, porque eu sempre fui respeitado, nunca ninguém me desafiou. Se me desafiava para jogar, mestre que aparecia aqui, a minha cabeça resolvia.(...) Me respeitavam muito os meus alunos. E não tinha barulho, porque eu olhava para eles assim, eles vinha pro pé de mim e ninguém brigava."

O canto e o toque de berimbau não eram suas única habilidades o mestre também era um exímio jogador de capoeira. Ele relembra: "Quando eu jogava, eu dizia: toque uma angola dobrada. É um por dentro do outro, passando, armando tesoura, se arriando todo. Parece que eu tô vendo eu jogar. Eu joguei muito.(...) Eu gostava de jogar lento, pra saber o que faço. Pelo meu canto você tira. Eu canto pra qualquer um menino desse jogar, e ele jogo sem defeito. Para os meus alunos eu digo que vou cantar e eles já sabem o que eu quero: são bento pequeno. É o primeiro toque meu. Para o outro tocador eu digo : 'de cima para baixo', e ele sabe que é são bento grande. Para viola eu digo: 'repique', e ele bota a viola pra chorar."

Mestre Waldemar conta que no seu tempo, e nas suas aulas a capoeira era ensinada na roda, mas que também havia os dias de treino. "Eles jogavam e eu fazia sinal pra fazer tesoura, fazia sinal pra chibatear, fazia sinal pro outro abaixar. "

(Revista Capoeira - Autor: Luís Renato)

terça-feira, 5 de maio de 2009

Capoeiras-desenhistas!

Pessoal, tenho reparado pelos orkuts do grupo que temos alguns capoeiras-desenhistas.
Então vou ser o primeiro a arriscar a mostrar meus desenhos aqui no blog!
Quem quiser mandar seus desenhos tammbém fiquem a vontade, vou fazer um álbum só com nossos desenhos, ok!


clique aqui e mande seus desenhos.

Salve!

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Navio Negreiro

Salve capoeiras,

Vou postar aqui um vídeo colocado no YouTube por snajarj com o título "Navio Negreiro" Mestre Tony Vargas.
O vídeo foi feito com imagens do filme "Amistad" de Steven Spielberg e música "Navio Negreiro" de Mestre Tony Vargas.




O filme "Amistdad" é baseado em fatos verídicos.

O La Amistad (A amizade em castelhano) foi um navio mercante espanhol utilizado no tráfico de escravos.
Em 1839, Sengbe Pieh e outros cinquenta e dois africanos tomaram o controle do navio enquanto estavam acorrentados, matando toda a tripulação mas poupando os navegadores Ruiz e Montez para que eles pudessem pilotar o navio.
Captura e julgamento
Antes da rebelião, o La Amistad iria para Camagüey, em Cuba. Após o levante, os navegadores conseguiram enganar os escravos, que acreditavam que voltariam para Serra Leoa, na África. O navio foi apreendido em 26 de agosto de 1839, em águas territoriais dos Estados Unidos da América pelo navio Washington, enquanto a tripulação buscava mantimentos.
Depois da captura houve um longo julgamento sobre o destino dos africanos, acusados de assassinato (considerado fora da jurisdição americana), e dos navegadores, que utilizaram documentos de nascença forjados (uma prática comum) e violaram leis internacionais entre a Inglaterra e a Espanha, que proibia a captura de novos escravos (apenas filhos de escravos já nasciam sem liberdade, e portanto eram os únicos que poderiam ser comercializados).
A Corte estado-unidense concordou que a captura dos africanos fora ilegal, e falou que eles poderiam permanecer nos Estados Unidos ou voltar para a África. O presidente Martin Van Buren lançou um recurso de apelação, mas a Corte continuou defendendo a sua decisão. Entretanto, devido à importância do caso decidiu que a Suprema Corte deveria ter a palavra final. A Suprema Corte confirmou a decisão de libertar o grupo. (Wikipedia)

Navio Negreiro
Mestre Toni Vargas
Composição: Mestre Toni Vargas

Navio negreiro
Tumba flutuante
Terra mãe distante
Dor e desespero

coro: navio negreiro

Segue a nau errante
Singrando saudades
África distante
Ouça meus cantares

coro: navio negreiro

Mãe que perde o filho
Rei perde rainha
Povo perde o brio
Enquanto definha

coro: navio negreiro

Axé...

A capoeira na Universidade - Matéria cita o Mestre Parada

Neste ano de 2008, tive a oportunidade de ministrar aulas de capoeira em duas universidades aqui da Baixada Santista. Na Faculdade de Educação Física de Santos FEFIS UNIMES, a capoeira faz parte da grade curricular da disciplina de lutas no 3º ano, já no Curso de educação Física da UNIP, eles não contam com essa disciplina mas temos a possibilidade de desenvolve-la como curso de Extensão Comunitária, onde estamos ajudando crianças e pessoas com necessidades especias, por meio da capoeira.

É interessante ressaltar como é importante essa conquista da capoeira nestes meios, aqui em nossa região o precursor foi Mestre Parada, que em 1994 teve a felicidade de inserir a Capoeira na FEFIS, em São Paulo valorizamos o trabalho de Mestre Gladson, que no CEPEUSP oferece enormes conhecimentos para qualquer estudante da USP, muitos outros mestres estão conseguindo inserir a capoeira nas Universidades, mas para isso acontecer, este Mestre precisa se graduar em Educação Física, e buscar no mínimo uma Pós-Graduação em Latu Senso, para não ser questionado diante de seus educandos, reforçando as normas em que o MEC impõe para as instituições de ensino superior.

Leia a matéria na íntegra

sábado, 2 de maio de 2009

Samba de roda

Samba de roda é uma variante musical mais primitiva do samba, originário do estado brasileiro da Bahia, provavelmente no século XIX.
O samba de roda é um estilo musical tradicional afro-brasileiro, associado a uma dança que por sua vez está associada à capoeira. É tocado por um conjunto de pandeiro, atabaque, berimbau, viola e chocalho, acompanhado principalmente por canto e palmas.


O samba teve início por volta de 1860, como manifestação da cultura dos africanos que vieram para o Brasil. De acordo com pesquisas históricas, o Samba de Roda foi uma das bases de formação do samba carioca.
A manifestação está dividida em dois grupos característicos: o samba chula e samba corrido. No primeiro, os participantes não sambam enquanto os cantores gritam a chula – uma forma de poesia. A dança só tem início após a declamação, quando uma pessoa por vez samba no meio da roda ao som dos instrumentos e de palmas. Já no samba corrido, todos sambam enquanto dois solistas e o coral se alternam no canto.
O samba de roda está ligado ao culto aos orixás e caboclos, à capoeira e à comida de azeite. A cultura portuguesa está também presente na manifestação cultural por meio da viola, do pandeiro e da língua utilizada nas canções.
[1] foi considerado pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) como patrimônio imaterial. O ritmo e dança teve sua candidatura ao Livro do Tombo (que registra os patrimônios protegidos pelo IPHAN) lançada em 4 de outubro de 2004, e, depois de ampla pesquisa a respeito de sua história, o samba-de-roda foi finalmente registrado como patrimônio imaterial em 25 de novembro de 2005, status que traz muitos benefícios para a cultura popular e, sobretudo, para a cultura do Recôncavo Baiano, berço do samba-de-roda.
Gravações de samba de roda estão à disponibilidade nas vozes de Dona Edith do Prato, natural de Santo Amaro da Purificação, ama de leite dos irmãos Velloso, e amiga de Dona Canô. Dona Edith toca música batendo garfo num prato, do que provém o apelido, e hoje, mesmo sendo uma mulher muito idosa, sua música ainda é respeitada. O CD Vozes da Purificação contém sambas de roda, na maioria de domínio público, cantados por Dona Edith e o coral Vozes da Purificação.
Outra cantora está fazendo grande sucesso baseada no samba de roda e na cultura popular do Recôncavo: é Mariene de Castro, com o CD Abre Caminhos, no que interpreta músicas de Roque Ferreira e outros compositores, com arranjos onde é possível apreciar o profundo conhecimento da cantora. Mariene já cantou com Daniela Mercury, Beth Carvalho e outros.